sábado, 13 de outubro de 2012

Esperança

Vou falar certas coisas
Que o coração não diz
Se não amar a verdade
E se alma não for feliz
É que a vida tem certas coisas
Reservadas só pra depois
Quando a gente se encontrar com outras
Que também conheceram o amor
E não há sentimento escondido
Que não venha provar seu valor
Uns confundem e outros consolam
Eles vem pra dizer quem eu sou.

(Trecho da música Certas Coisas Para Dizer de Jorge Trevisol)

Quando Deus nos criou, acho que criou uma caixinha mágica que tudo comporta, colocou no nosso peito e chamou de coração. Como pode caber tanta coisa dentro da gente? Qual é o segredo dos sentimentos? Como se explica?

Hoje me sinto angustiada, esperançosa, decepcionada, apaixonada... e tudo isso ao mesmo tempo!

Sonho com meu príncipe encantado desde que me entendo por gente. Desde antes de saber o que significava namorar. Desde que aprendi, assistindo a desenhos animados, que tudo tinha o seu par... o gato e a gata, o cão e a cadela, o boi e a vaca... o titio e a titia, o vovô e a vovó, o papai e a mamãe.

Sim, venho de uma família onde os casamentos duram... meus pais ainda estão juntos. Minhas avós e minha madrinha foram fiéis até que a morte as separou de seus esposos levando-os para junto do Pai. Todas ficaram viúvas e sequer quiseram se casar de novo. A maioria das minhas tias ainda estão casadas com o mesmo homem com quem trocaram juras de amor no altar ainda jovens. E a única de quem consigo me lembrar que se separou, preferiu não se envolver com mais ninguém porque casamento é um só. É pra sempre! São essas mulheres que aprendi a ver como exemplo!

Não quero julgar quem foi infeliz em sua escolha e sentiu necessidade de procurar outro caminho. Divorciar-se, buscar a felicidade em outro companheiro. Eu acho que todos têm o direito de buscar ser feliz!

Mas, quando coloco as mulheres da minha família como exemplo, quero mostrar o valor que o casamento tem pra mim. Não faço parte do grupo que pensa: "Ah! Se não der certo, separa". Pra mim, o divórcio, quando acontece é uma infelicidade. Não algo corriqueiro, próprio de quem se casa já contando com isso. Não!!! Casamentos são eternos, são feitos pra durar.

Meu príncipe encantado da infância cresceu comigo. E se tornou, a cada ano que passou, menos encantado e mais humano. Mas, o fato é que eu sempre soube muito bem o que queria. Quando eu tinha treze anos, e comecei a despertar o interesse pelo sexo oposto, meus pais quiseram conversar comigo. E eu ainda me lembro das palavras de meu pai. Ele me disse que, ao me interessar por um rapazinho, eu deveria pensar se gostaria de me casar com uma pessoa com aquelas características. É claro que eu estava muito nova para pensar em casamento, mas foi exatamente com essa idade que minha mãe o conheceu, o casamento veio 7 anos depois. Meu pai argumentava que é mais fácil pensar com racionalidade antes de se apaixonar. E se você não quer se casar com um cara que não leva nada a sério na vida, não deve namorar rapazes que demonstrem ser assim. Parece um argumento estranho, porque tentamos racionalizar o amor. Mas, a vida a dois não é feita só de amor. É preciso pensar com razão também. E é mais fácil fazer isso, antes de abrir espaço pro amor.

E com isso eu defini muito bem, o tipo de homem que eu queria pra mim. Talvez eu tenha definido bem demais e me tornado extremamente seleta. Acho que sim!

No filme, Da Magia À Sedução, a pequena Sally Owens, personagem de Sandra Bullock ainda na infância, faz um feitiço criando o "homem ideal". O objetivo dela é se condenar a apaixonar-se apenas por esse homem ideal. E como ele não existe, não pode existir, ela jamais se apaixonaria e estaria livre da maldição da família. Mas, esse homem aparece e ela tenta fugir dele para não sofrer.

Eu não sou bruxa, nunca fiz feitiço. Mas, ainda criança comecei também a moldar o meu "homem ideal". É claro que, à medida que eu crescia, os valores iam mudando. Ele ia ficando mais real. E minha forma de encará-lo também. Sabendo que o filme era quase um conto de fadas, eu assumi que o meu "homem real" jamais seria como meu "homem ideal". Eu precisaria aprender a abrir mão de alguns valores porque ninguém é perfeito.

Há uns 10 anos, eu dei um nome a esse meu homem ideal: Tobias. Tobias e Sara são o conto de fadas da Bíblia, e nada melhor do que chamar o meu homem ideal de Tobias.

Hj, peço a Deus que me traga o meu Tobias. Que o Arcanjo Rafael conduza seus caminhos até mim. E, que através desse encontro, possa eu cumprir a vocação que Deus me deu: a Vocação Matrimonial. Que eu possa ser família cristã. Que eu possa educar meus filhos na fé. Que junto ao meu Tobias, possa eu frequentar as missas, encontros de casais ou qualquer outra pastoral. Que eu e minha casa, a casa que um dia formarei, possamos servir ao Senhor.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

PAIXÃO

Esse é o mês do professor e em meio às comemorações e homenagens, eu me senti tocada a escrever tb. Pq não adianta falar do "Ser professor" sem falar do "Ser aluno" pq ele, o aluno, é a verdadeira razão da nossa jornada. E, um dia, lá na escola, depois de uma hora cívica, me deu vontade e eu escrevi esse texto:

Nenhuma homenagem ao professor pode ser completa se não levarmos em conta a razão de ser do Professor: o aluno.
Ainda adolescente, eu desejei ser professora pra que eu nunca saísse da escola.
Porque eu não conheço nenhum outro lugar mais mágico que ela.
A escola parece, aos meus olhos, um grande moinho d'água por onde passa um rio de energia e sonhos.
É dinâmica, é criativa, é diversa, é chama sempre acesa!
 
Como não me apaixonar perdidamente por cada um dos meus alunos?
Se, dentro de seus olhos, o que vejo são os sonhos e a capacidade infinita de realizá-los.
 
A matéria prima do professor é o sonho e seu grande objetivo é desenvolver a capacidade de alcançá-los.
Ao me tornar professora eu voltei à época do sonho, onde tudo me era possível. Eu era dona do mundo!
Hoje posso sonhar de novo, junto com meus alunos, em ser advogada, médica, engenheira e o que quer que seja.
E me realizo em cada aluno que vejo alcançá-los.
Pois a cada final de ano, a cada formatura, vejo o começo de muitas vidas com infitinas possibilidades.
E amo saber que fiz parte disso! Amo saber que o futuro do país está nas mãos que aperto todos os dias.
 
 
E hj eu precisei ter uma conversa com uma turma que só queria brincar. Depois, uma aluna da turma veio me procurar pra dizer que gosta das coisas que digo pq a faz pensar no seu futuro, nos sonhos, e nas decisões de que rumo tomar. Decisões que ela ainda não precisa tomar, mas em breve precisará. Sem falsas modéstias, confesso que me senti lisonjeada, feliz, realizada! Amo fazer parte da educação!!! Sei que tenho muuuuuuito o que melhorar, mas hj, essa aluna me fez sentir que já valeu a pena!

Obrigada, Gabriela!!!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Fragilidade

Autor: Jorge Trevisol


Na fragilidade se abrem espaços para a flor nascer.
É na liberdade que surgem os sonhos de recomeçar.
Na tenacidade se erguem fronteiras pra poder conter
As experiências vividas na estrada de quem sabe crer.
Espinhos também fazem parte da estrada, da vida e da flor.
Caminhos se abrem as pés de quem ama e não teme a dor.
Existe alegria maior pra quem sabe sorrir e chorar.
E é feliz por saber que da vida jamais vai desacreditar.
Na fragilidade ou na liberdade
Existem motivos que deixam saudades.
As dores, as lutas e até as alegrias
Ensinam que a vida vivida com jeito não tem fantasias.
A fragilidade se espelha no rosto menino de Deus.
E a liberdade se expressa no jeito de amar de Jesus.
Com sua bondade, ternura e firmeza o mundo venceu.
E no seu caminho não há quem se esqueça da vida e do céu.

domingo, 1 de maio de 2011

Questão de fé

O Evangelho de hoje (Jo 20, 19-31), proclamado nas Missas do mundo inteiro, falava da primeira aparição de Jesus Ressucitado a seus apóstolos. Tomé não estava presente nessa primeira aparição e duvidou. Quando Jesus aparece novamente a seus discípulos, incluindo Tomé, Ele nos leva a refletir sobre a fé ao repreender Tomé: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”. O padre que celebrou a Missa que participei hoje, reforçou bem esse ponto em sua homilia.

Quantas vezes cobramos de Deus um sinal? Quantas vezes colocamos condições para nossa fé? E o pior de tudo, quantas vezes duvidamos quando não vemos nossos desejos atendidos? Já vi tanta gente afirmar com tanta certeza que seu pedido será atendido porque tem fé em Deus. Como se o que importasse fosse a capacidade de Deus de atender nossos pedidos, nossos desejos. Está certa essa espera em Deus?

Muitas vezes tratamos a Deus como nosso servo e não o contrário.

Muitas vezes pedimos com "fervor" que Deus atenda nossas preces, mas nós mesmos não estamos dispostos a atender os desejos de Deus.

Maria, ao ser abordada pelo Anjo Gabriel também tinha seus planos, seus desejos: queria apenas se casar com seu bom José. Ser feliz ao lado dele. Mas, Deus tinha outros planos pra ela. E mesmo sabendo que poderia ser seriamente punida ao aparecer grávida antes de estar vivendo com José, ela respondeu: "Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a Tua Vontade".

Se a dúvida de Tomé, narrada nas Missas hoje, é exemplo que não devemos seguir, a resignação de Maria em cumprir a vontade de Deus e a confiança de que Deus não a deixaria perecer por conta dessa gravidez é um exemplo de Fé que devemos seguir.

Então, da próxima vez que fizer suas orações, ao invés de pedir: "Senhor, eu quero isso", "Senhor, conceda-me aquilo", pergunte a Ele o que Ele deseja de você. Peça que Ele o conduza de acordo com Seus planos. Mude o foco e tente você atender aos desejos d'Ele em sua vida.

Afinal, Maria nos deu o segredo da felicidade nas Bodas de Caná: "Fazei tudo o que Ele vos disser".

Os planos de Deus, que conhece todas as coisas, podem nos trazer uma felicidade muito mais plena e grandiosa.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Dizem que é saudade...

Dizem que todos os rios, correm pro mar infinito
Dizem que além do horizonte, tudo se faz mais bonito
Dizem que as águas da fonte sentem saudades do mar
E que borbulham e saltam e pulam e correm querendo chegar


Dizem que todas as flores, olham pro azul infinito
Dizem que além no horizonte, tudo é mais verde e bonito
Dizem que as flores do campo, sentem saudades do sol
E que bem cedo se enfeitam, se ajeitam, e espreitam pra ver o arrebol


Esta saudade que dizem que as coisas padecem
Debaixo do céu ai, ai, ai
É a saudade que eu sinto, eu confesso, eu não minto
O que sinto de Deus nosso Pai


Dizem que todas as nuvens, vagam no espaço infinito
Dizem que além do horizonte, tudo é mais claro e bonito
Dizem que as nuvens se encontram, pra conversar sobre o mar
E que trovejam e brigam e pingam e chovem querendo voltar


Esta saudade que dizem que as coisas padecem
Debaixo do céu ai, ai, ai
É a saudade que eu sinto, eu confesso, eu não minto
O que sinto de Deus nosso Pai





Esse texto é a letra de uma música. O compositor é Pe. Zezinho. É uma de suas músicas mais bonitas. Quem quiser ouvir, pode assistir ao vídeo.

Essa música retrata bem o que andei sentindo nos últimos anos afastada da Igreja. Acho que não é necessário fazer mais comentários, a letra fala por si.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Realização

Ultimamente ando tão bem!

Sinto-me realizada profissionalmente. Estou em uma escola que gosto, com uma equipe de trabalho que adoro e que me apoia. Com bons alunos.

Voltei pra Igreja. Estou com minha turminha de catequese que adoro muito!!! Vou participar da Via Sacra. E dessa vez o diretor nem me enrolou pra me dar meu papel na encenação.

Tenho amigos, pessoas que se importam comigo e me valorizam.

Obrigada, Senhor, por todas essas graças! Eu sei que não mereço todo Amor que tens por mim. Mas, sei que tb que esse Amor nunca me faltou! Obrigada!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Abismo

Composição: Jorge Vercillo / Ana Carolina


http://www.youtube.com/watch?v=RaoIDIJutig


Bem daqui onde estou
já não dá pra voltar
Nas alturas do amor
onde você chegar
Lá eu vou
E o que mais a fazer
a não ser me entregar?
a não ser não temer
O abismo em seu olhar
ou é mar?
Ah, ah, ah...
No seu olhar...
Não há precipícios
na vertigem do amor
Só descobre isso
quem se jogou
Não sou eu que me faço voar
o amor é que me voa
E atravessa o vazio entre nós
pra te dar a mão
Não sou eu que me faço voar
o alto é que me voa
Meu amor é um passo de fé
no abismo em seu olhar
Ah, ah, ah...
No seu olhar
Ah, ah, ah...
Me vejo andar no ar
lá no abismo lindo
no seu olhar
Não há precipícios
na vertigem do amor
Só descobre isso
quem se jogou
Ah, ah, ah...
No seu olhar
Ah, ah, ah...
Me vejo andar no ar
lá no abismo lindo
no seu olhar
Ah, ah, ah...
No seu olhar
Ah, ah, ah...
Me vejo andar no ar
lá no abismo lindo
no seu olhar